A busca pela perfeição é uma jornada comum e, em muitos aspetos, admirável. Mas é importante lembrar que a perfeição é uma miragem e a busca constante pela perfeição pode ser destrutiva. De fato, o perfecionismo pode levar a uma série de comportamentos tóxicos que afetam negativamente a felicidade.
Neste artigo, vamos explorar as consequências negativas do perfecionismo e discutiremos algumas maneiras de lidar com ele e encontrar equilíbrio. Desde reconhecer os padrões perfecionistas até aprender a aceitar a imperfeição, abordaremos tudo o que você precisa saber para se livrar da armadilha do perfecionismo e viver uma vida mais plena e feliz. Então, se você se reconhece como um perfecionista ou está simplesmente interessado em aprender mais sobre o assunto, continue a ler!
Comportamentos perfeccionistas: qual personalidade é mais propensa?
Ser perfecionista é uma característica comum em muitos indivíduos, mas algumas personalidades são mais propensas a esse comportamento do que outras. Introvertidos tendem a ser os mais suscetíveis a comportamentos perfecionistas. As personalidades INTJ e INFJ são os tipos mais comuns de perfecionistas. Eles têm altos padrões para si mesmos e acreditam em viver consoante o seu potencial, constantemente pensando em maneiras de melhorar.
As personalidades INTP e INFP são outros tipos propensos ao perfecionismo, pois se deleitam com o processo de criação. No entanto, correm o risco de nunca concluírem as suas tarefas por serem constantemente exploratórios e revendo as suas obras.
Já as personalidades ISTJ e ISFJ, apesar de serem precisas e buscarem a excelência, escolherão a eficiência em vez da perfeição se necessário. Eles são determinados a alcançar os seus objetivos, mas também buscam o respeito e a admiração dos outros.
Em resumo, a busca pela perfeição é comum em muitos indivíduos, mas algumas personalidades são mais propensas a esse comportamento, como INTJ, INFJ, INTP, INFP, ISTJ e ISFJ. É importante lembrar que, em excesso, o perfecionismo pode ser prejudicial à saúde emocional e física de uma pessoa.
Perfeccionismo: O ladrão da Felicidade
O perfecionismo é uma característica que pode ser positiva, mas quando se torna excessivo, pode roubar a felicidade da vida de uma pessoa. Alguns sinais de perfecionismo incluem: ficar obcecado com críticas, buscar nota máxima em tudo, se recusar a delegar tarefas, não conseguir relaxar, e ter dificuldade em aceitar erros.
O perfecionismo pode ter um impacto negativo na saúde, causando ansiedade, depressão, insónia e dependência de cafeína. Além disso, pode afetar as relações, a carreira e até mesmo a vida, se não for tratado.
A raiz do perfecionismo está ligada ao medo de falhar, mas é possível mudar esse foco. Liberar o perfecionismo e mudar para uma abordagem mais realista é importante para trazer de volta a felicidade saudável e a realização pessoal.
Em vez de buscar a perfeição, é importante buscar a realização saudável, concentrando-se nas coisas positivas e aprendendo com os erros. Ao fazer isso, as pessoas podem alcançar o seu potencial e levar uma vida mais equilibrada e feliz.
Dicas para obter o equilíbrio
Conscientização
O perfecionismo pode ser difícil de identificar, mas basta fazer a pergunta: “Tem que ser perfeito?” Qualquer resposta que não seja “não” deve ser questionada.
Entenda o motivo pelo qual você acha que precisa ser perfeito, dê um passo atrás e respire fundo. Lembre-se de que a perceção nem sempre é a realidade. É importante colocar as coisas em perspetiva e ver a tarefa no contexto maior. Às vezes, somos muito exigentes connosco mesmos. Se você fosse seu melhor amigo, insistiria na perfeição?
Responsabilidade
Solicite uma opinião de alguém fora da situação imediata para obter uma visão objetiva. Se um colega estiver a tentar ajudar-te, dê atenção à sugestão. Avalie se o seu esforço corresponde com o objetivo.
Se sim, parabéns, você atingiu o seu objetivo. Se o esforço for a mais, defina um ponto final e siga em frente. Se o esforço for insuficiente, reconheça a procrastinação e dê pequenos passos até alcançar o seu objetivo.
Autenticidade
Desenvolva a sua confiança interna e pare de comparar-se com os outros. Relacionamentos são construídos na autenticidade e vulnerabilidade. Aceite a suas falhas como parte de quem você é e aprenda a encará-las com humor.
Considere a suas falhas como fazendo parte da sua personalidade. Reconheça os seus erros ao invés de se culpar por eles. Valorizar a sua verdadeira identidade ajuda a eliminar críticas e dá a você a liberdade para seguir em frente.
Aceitação
É importante aprender a lidar com resultados que não são alcançados. Ao invés de tentar controlar tudo, aceite que algumas coisas são fora do seu alcance.
Se o perfecionismo é uma forma de você tentar moldar o mundo ao seu gosto, é hora de mudar essa mentalidade. Se você deseja manter a sua cozinha sempre limpa, faça isso porque te faz feliz, não para agradar aos outros. Lembre-se de que a única coisa que podemos controlar é a nossa atitude perante as situações.
Ação
Ação é a chave para o sucesso. Pratique para melhorar, não para ser perfeito. Padrões elevados podem destruir a sua felicidade, mas experimentar novas coisas e sair da zona de conforto pode trazer realização. Não tenha medo de falhar, pois isso é humano e faz parte do processo de aprendizado.
O progresso é importante, não a perfeição. Como dito por Reinhold Niebuhr, tenha serenidade para aceitar as coisas que não pode mudar, coragem para mudar as coisas que pode e sabedoria para saber a diferença.
Conclusão
Concluímos, que a conscientização, ação, autenticidade, aceitação e responsabilidade são cinco aspetos importantes que precisamos equilibrar na nossa jornada pessoal. Enquanto buscamos atingir os nossos objetivos e metas, é importante reconhecer que nem sempre teremos controle sobre todas as coisas, mas isso não significa que devêssemos desistir.
Ao invés disso, precisamos aprender a aceitar as coisas que não podemos mudar, ter coragem de mudar aquelas que podemos e ter sabedoria para fazer a diferença. Além disso, precisamos praticar autenticidade nos nossos relacionamentos, encontrando a nossa própria validação interior e evitando comparar-nos com outros.
E por fim, é importante ser responsável e comprometer-se com as nossas ações, mesmo que isso signifique sair da nossa zona de conforto e enfrentar o medo de falhar. Ao abraçarmos esses quatro aspetos nas nossas vidas, estamos mais preparados para atingir a felicidade deliberada e a realização pessoal.
